Compliance: Os 7 Passos para Implementar na sua Empresa

Em tempos de instabilidade política e crises éticas, estímulos às boas práticas de Compliance são fundamentais para a longevidade das organizações. Pois uma das grandes dificuldades encontradas no mercado é encontrar pessoas, tanto físicas quanto jurídicas em que se tenha total estima e confiança.

Baseando-se nas ferramentas de Compliance, uma empresa conseguirá atingir seus objetivos estratégicos de longo prazo, permitindo uma relação mais aberta entre os membros da empresa por meio de uma conscientização geral do quão importante são as práticas de Compliance e o resultado que traz frente a todos os stakeholders envolvidos.

DEFINIÇÃO

“Comply” significa agir de acordo com as regras. Seguindo esta linha, estar em compliance significa estar em conformidade com a legislação interna e externa da empresa. Manter a empresa em conformidade com os órgãos reguladores externos é fundamental para o seu funcionamento. A auditoria interna também se torna imprescindível para a garantia de que os colaboradores estão agindo em sintonia com o regulamento interno da organização.

OS 7 PASSOS DO COMPLIANCE

Para que o sistema ocorra da melhor forma dentro de uma empresa, é fundamental que seus 7 elementos sejam seguidos. São eles:

1. Comprometimento da alta diretoria: “Tone at the top”, parte do princípio de que o exemplo vem de cima. A força do exemplo é fundamental para uma implantação do sistema de Compliance. Diretores comprometidos e éticos com seus funcionários são pilares básicos para a reprodução de um ambiente ético.

2. Criação de políticas padrões, procedimentos, e controle: Para isso, um mapeamento dos processos da empresa e um manual de conduta pode ser fundamental para o controle do Compliance. Tais manuais servem para garantir que os colaboradores têm ciência do código de conduta da empresa e, assim, possam agir dentro das normas.

3. Treinamento efetivo, periódico e comunicação constante: A comunicação deve promover políticas de conformidade em reuniões e documentos. Membros em posição suscetíveis à corrupção devem ser treinados para entender o que caracteriza, os riscos e as melhores práticas.

4. Auditoria e controle: Tudo deve ser monitorado e, se possível, medido. Assim, os colaboradores estarão passando por testes de conformidade. As lições aprendidas com o monitoramento têm de ser incorporadas para que o programa esteja em constante evolução.

5. Aplicação adequada das medidas disciplinares: Além de fazer todo este monitoramento a organização deve se estruturar para tomar as medidas disciplinares necessárias em casos que firam os valores de Compliance. Um sistema de denúncia eficaz é fundamental a fim de encorajar e motivar os funcionários a relatar desvios e possuir sentimento de dono.

6. Cuidado na delegação de responsabilidades: Alguns graus de cargo na empresa, devem ser avaliados com possibilidade de divisão de certas responsabilidades. A delegação não deve ocorrer apenas por capacidade técnica ou emocional, mas principalmente, por postura do colaborador.

7. Melhoria contínua: ao aplicar os 7 elementos acima, a empresa precisa manter uma constante otimização de todas as atividades, a fim de que todo o trabalho executado anteriormente não seja engavetado e siga em contínua utilização.

CONCLUSÃO

No Brasil, ainda não há a obrigatoriedade para a criação da função de Compliance nas empresas, apesar de já haver regulamentação em diversos outros países. Porém, mesmo sem a obrigatoriedade, muitas empresas buscam no compliance uma saída para a mitigação dos seus riscos de exposição no país.

Um sistema de Compliance bem estruturado garante à instituição um fortalecimento em sua imagem perante seus stakeholders, minimizando o risco de descontinuidade dos negócios.

Se você deseja investir nesse sistema em sua empresa, pode começar investindo em um Mapeamento dos Processos. A partir da padronização e otimização dos processos de trabalho, os colaboradores saberão exatamente o que fazer e poderão ser cobrados em cima disso. Assim, é possível garantir a qualidade em toda as etapas das atividades, além de identificar e avaliar os riscos envolvidos aos colaboradores e à empresa.

 

 

 



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