O que você não sabia sobre demonstração de fluxo de caixa

Você já ouviu falar em demonstração de fluxo de caixa?

Se não, saiba que essa técnica, também conhecida como DFC, quando bem organizada, é de extrema importância para muitas empresas. 

Afinal, é ela quem registra exatamente todas as entradas e saídas do caixa, além de demonstrar todo o resultado de cada operação em dinheiro. Ações essas que todo gestor financeiro precisa dominar. 

Isso porque esse gestor, ou qualquer outra pessoa responsável pelo financeiro da empresa, passa a ter maior controle das movimentações financeiras de forma mais específica.

Segundo  o autor  Osni Moura Ribeiro a demonstração de fluxo de caixa é “uma demonstração contábil que tem por fim evidenciar as transações ocorridas em determinado período e que provocaram modificações no saldo da conta Caixa”.

Ficou curioso para saber mais como colocá-la em prática? Então leia o próximo tópico!

Como fazer uma demonstração de fluxo de caixa?

Existem muitos detalhes que é preciso estar atento na hora de fazer uma demonstração de fluxo de caixa.

Por isso, cada detalhe faz a diferença. Confira alguns pontos fundamentais:

  • Transações de caixa

Antes de iniciar qualquer demonstração é fundamental separar todo o fator de período das transações de caixa.

Isso fará total diferença para ter clareza nos tópicos seguintes.

  • Comparativo de resultados

Com as demonstrações já separadas, esse é o momento de fazer o comparativo entre o resultado líquido, seja ele positivo ou negativo, com o caixa líquido que foi gerado durante as atividades. 

  • Detalhamento de movimentações

Em notas à parte, é sempre necessário explicar todas as movimentações que afetam o patrimônio da empresa, mesmo que elas não possuam interferência direta no caixa da empresa.

Além desses pontos observados, uma boa demonstração de fluxo de caixa se baseia necessariamente em três atividades. São elas:

1. Atividades operacionais: todo tipo de atividade que gera receita para a empresa. Estas possuem ligação direta com o capital líquido que circula.

Por exemplo: pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados, pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços, recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços, etc.

2. Atividades de investimento: são as que representam todo tipo de aquisição e venda de ativos de longo prazo, como também de outros investimentos não classificados como equivalentes de caixa.

Por exemplo: recebimentos e pagamentos de caixa por contratos futuros, recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais, pagamento e recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, etc.

3. Atividades de financiamento: todas que alteram ou representam mudanças no capital próprio e no capital de dívidas da empresa.

Por exemplo: caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais, amortização de empréstimos e financiamentos, pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a arrendamento, etc.

Além dessas atividades, existem dois métodos bastante conhecidos para também fazer também essa demonstração são os diretos e indiretos.

  • Método direto

Nesse formato, a demonstração expõe todos os pagamentos e recebimentos referentes às atividades operacionais da empresa. 

  • Método indireto

Esse método, diferente do direto, demonstra os recursos oriundos das atividades operacionais, mas tudo a partir do lucro líquido da empresa. 

De quanto em quanto tempo deve ser feita uma demonstração de fluxo de caixa?

Em relação à periodicidade em que essa demonstração deve ser feita, não há uma regra para todas as empresas. 

Porém, como esse acompanhamento deve ser feito rotineiramente, muitas organizações fazem atualizações semanais e até diárias. Tudo depende muito do tamanho e fluxo de caixa da empresa. 

O importante mesmo é sempre ficar atento para que as demonstrações não saiam atrasadas. 

Pois isso significaria um gasto de tempo. Afinal, com dados desatualizados não é possível chegar a uma solução certeira.

Agora que você entendeu o que não pode faltar em uma demonstração de fluxo de caixa, entenda alguns  dos vários benefícios desta análise para uma empresa que projeta crescimentos.

Benefícios da demonstração do fluxo de caixa para uma empresa

Toda boa gestão financeira de uma empresa precisa de um fluxo de caixa organizado.

Uma vez que esse é um relatório que oferece uma visão completa de como andam as finanças de uma empresa, sejam com colaboradores, gastos pontuais, etc. Ou seja, todos os recursos que entram e saem.

Dessa forma, fica bem mais tranquilo planejar ações futuras e decisões importantes, que podem mudar o rumo da empresa.

Além disso, em outras situações a demonstração de fluxo de caixa também possui caráter obrigatório. 

É o caso das empresas de capital aberto, com patrocínio acima de R$2 milhões. Essa obrigatoriedade está prevista na Lei nº11.638/2007.

Outro benefício é que com relatórios de fluxos organizados é possível observar o crescimento, ou não, de uma empresa em determinado período.

E não para por aí. Com esses fluxos controlados também fica mais fácil identificar possíveis inadimplências, como pagamentos previstos que não aconteceram durante o mês. 

Assim, diante de tantos benefícios, fica bem evidente porque a demonstração de fluxo de caixa é indispensável para o controle financeiro de uma empresa.

Como analisar o resultado da demonstração de fluxo de caixa?

Toda a estruturação do fluxo de caixa e sua demonstração resulta da soma do resultado líquido dos três tipos de atividade que a demonstração de fluxo de caixa engloba.

Um bom gestor deve ter sempre essa demonstração como um bom direcionamento para tomar possíveis decisões e resolver problemas financeiros que muitas vezes passam despercebidos por falta de análise. 

Pois só assim  é possível renegociar dívidas, problemas de gestão financeira e de funcionários, além do controle de custos fixos, variáveis e negociação com fornecedores.

Por isso o importante é colher todas as possibilidades que a demonstração de fluxo de caixa oferece, sem nenhuma exceção, principalmente porque elas podem parecer não importantes para o momento e significarem bastante para o amanhã.

Conclusão

Como você já deve ter percebido, manter um fluxo de caixa positivo deve ser o objetivo de cada organização que deseja crescer positivamente.

Afinal, é justamente isso que demonstra a capacidade de gestão e organização financeira para colaboradores e possíveis investidores.

Por isso, independente do porte da sua empresa, não deixe a demonstração de fluxo de caixa de lado.

E, caso precise de uma ajuda maior em relação a isso, entre em contato conosco!

Oferecemos uma gestão financeira completa para que o fluxo do seu negócio funcione da melhor forma.

Conta com a gente!

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